domingo, 25 de maio de 2008

ORAÇÃO



Atitudes importantes no momento da oração

Geralmente definimos oração como sendo uma prece, súplica ou um pedido dirigido a Deus. Mas será mesmo que o sentido das nossas orações deve ser apenas este? É bom que entendamos a oração apenas dessa forma?


Ora, colocar-se em oração é bem mais do que isso. É entrar em um estado de conversa com Deus, é um sublime contato com o Criador que não pode ser desperdiçado se tornando apenas uma oportunidade para fazermos pedidos. Orar é, antes de tudo, uma maravilhosa oportunidade de experimentarmos a presença santa do Senhor e de adorar a Ele na beleza de Sua santidade. Imagine a cena de uma conversa entre um pai e seu filho, na qual esse filho apenas lhe faz pedidos. Essa relação é de certa forma doentia. Não há prazer nenhum nessa conversa, só se fala o que é de interesse do fillho e nada mais que isso.

Não existe - e nem é bom que exista mesmo - um modelo ou uma forma pré-definida de como devemos orar, muito embora existam pessoas que usam as mesmas orações repetidamente e de forma mecânica. Até mesmo entre os protestantes existem pessoas que refletem sua falta de intimidade com Deus em suas orações repetidas, como sendo uma “reza protestante”. Isso demonstra no mínimo a falta de prazer na oração. Há muitos que oram por apenas orar, como se obrigadas fossem, supersticiosamente ou mesmo para apenas buscar seus interesses.

Há algumas atitudes, no entanto, que devem estar presentes em nossas orações constantemente, como o próprio Senhor Jesus nos ensinou na oração conhecida como “Pai Nosso”. Alistei aqui algumas dessas atitudes que não podemos deixar de ter, as quais são:

a) LOUVOR: Expressamos louvor quando reconhecemos tudo aquilo que o Senhor tem feito por nós, ou seja, são nossas expressões de gratidão a Deus por tudo o que Ele tem feito e pelo que vai fazer. Damos graças a Deus pelo Seu amor infinito, pelo perdão, pelo cuidado para conosco, por Cristo ter morrido em nosso lugar, enfim, é louvar, agradecer a Deus pelo que Ele fez.
b) ADORAÇÃO: Enquanto que ao louvarmos a Deus estamos reconhecendo o que Ele fez; quando o adoramos, estamos reconhecendo o que Ele é, ou seja, expressamos adoração quando reconhecemos que Deus é Santo, fiel, soberano, grandioso, misericordioso, etc. É revenrenciá-lo pelo que Ele representa para nós.
c) CONFISSÃO: Como a própria palavra sugere, é a atitude de confessar pecados cometidos e, ao fazer isto, obter a oportunidade de pedir a Deus perdão em sinal de arrependimento. Deus, por Sua fidelidade e justiça, concede ao arrependido o Seu perdão (1 Jo. 1:7-9).
d) INTERCESSÃO: É quando oramos por alguém ou em favor da causa de outrem. Esta é, sem dúvidas, uma atitude relevante na vida do verdadeiro cristão, pois este estará pleiteando por sua família, amigos, irmãos em Cristo e até desconhecidos.
e) PETIÇÃO: É a apresentação de um pedido a Deus, ou seja, é quando colocamos diante de
Deus as nossas lutas, nossos sonhos e anseios relacionados às nossas vidas. Evidentemente, nem todas as nossas petições obterão uma resposta positiva, mas a soberana vontade de Deus certamente será feita.

Esses elementos devem aparecer em nossas orações naturalmente e constantemente; não devem ser obedecidos de forma mecânica. A oração é algo espontâneo e nós não devemos perder a oportunidade de louvar, adorar, pedir perdão, interceder pelos outros e fazer petições a Deus quando estivermos orando. Quando orarmos, que experimentemos mergulhar na presença de Deus para que possamos conhecer o que é realmente ter uma vida de oração e, sobretudo, o quanto é maravilhoso poder falar com o Criador de tudo.

André G. Bronzeado

domingo, 18 de maio de 2008

TESTEMUNHO


Por que Deus coloca pessoas com problemas em nosso caminho?


“Se você vacila no dia da dificuldade, como será limitada a sua força!
Liberte os que estão sendo levados para a morte;
Socorra os que caminham trêmulos para a matança!
Mesmo que você diga: ‘Não sabíamos o que estava acontecendo!’
Não o perceberia aquele que pesa os corações?
Não o saberia aquele que preserva a sua vida?
Não retribuirá ele a cada um segundo o seu procedimento?”
(Provérbios 24:10-12 – NVI)

- O livro de Provérbios está inserido em um grupo de livros na Bíblia que chamamos de “literatura sapiencial”. Juntamente com o esse livro estão também os livros de Jó e Eclesiastes. A literatura sapiencial utiliza a poesia para expressar verdades profundas com vistas a fazer do servo de Deus alguém que valoriza a prudência e a sabedoria.

- Viver de forma prudente e sábia é ter uma vida agradável aos olhos do Senhor. O livro de Provérbios nos ensina que toda a vida deve ser vivida para a glória do soberano Deus. Nesse mesmo sentido, esse livro nos alerta para o desafio de sermos testemunhas do Senhor, daquilo que Ele é para nós e de tudo o que fez em nossas vidas. O escritor de Provérbios afirma sob a inspiração divina que “aquele que conquista almas é sábio” (Pv. 11:30). Destarte, o conselho divino nos desafia à ação de alcançar pessoas através de nosso testemunho.
- Mas o que é testemunhar? De maneira geral consiste em prestar depoimento, provar, alegar, etc. Biblicamente, o livro de Atos dos Apóstolos nos revela que fomos feitos testemunhas do Senhor (Atos 1:8). Nossas vidas devem se voltar à proclamação das boas-novas e ao compartilhar firme da obra que o Senhor fez em nós, porém esta não é uma tarefa fácil, pois constitui um desafio a enveredar em um caminho de ação ao qual muitos resistem trilhar.
- Ser testemunha do Senhor é realmente compreender que fomos comissionados por Ele com o objetivo de proclamarmos a mensagem do Evangelho com a nossa boca e com o nosso agir. Todo aquele que foi resgatado das trevas pelo Senhor precisa entender que o crente é um missionário em potencial. Somos luz do mundo e sal da terra! Não há como sermos um desses elementos sem que façamos a diferença diante das pessoas que estão ao nosso redor.
- Já afirmou J. Blanchard que “a grande necessidade da Igreja é ter um espírito de evangelização e não um esforço evangelístico temporário”. Ser testemunha do Senhor diante dos homens não é uma tarefa para horas vagas, mas sim um estilo de vida e, acima disso, um sinal de obediência ao Senhor. Ora, a luz dissipa toda treva e o sal dá um toque de sabor a todo o alimento; é exatamente assim que o cristão deve ser. Deve trazer consigo o sinal diferencial que proclame a todos as boas-novas de salvação.
- São muitas as razões pelas quais o cristão deve ser testemunha do Senhor através do evangelismo pessoal. Há motivos de sobra para não vivermos em um estado de apatia espiritual. Muitos cristãos não evangelizam outras pessoas por não possuírem conhecimento bíblico ou por supervalorizarem suas incapacidades em detrimento ao agir de Deus. Porém Jesus nos deu uma ordem explícita para evangelizarmos pessoas e nos recomendou a não deixarmos que a Sua luz em nós seja insignificante. “Brilhe a vossa luz diante dos homens” – foi o conselho que nos deu o Mestre. Além disso, homens e mulheres estão perecendo ao nosso redor enquanto nós guardamos para nós mesmos a maior de todas as notícias já anunciada, a saber, a mensagem do Evangelho.
- Como se não bastasse a nossa indiferença, ainda reinam nos meios de comunicação verdadeiras confusões acerca do testemunho e do Evangelho. Assistimos diariamente a pregação do evangelho utilitarista, mercantilista, assistencialista, do “evangelho sem cruz” e do “evangelho do subir na vida”. Este é mais um motivo para atendermos ao desafio do testemunho do Evangelho Bíblico, separado de confusões e cavilações humanas como já cansamos de ouvir.
- No texto de Provérbios acima citado, podemos anotar três razões pelas quais devemos testemunhar e proclamar o Evangelho. Primeiramente o momento de testemunhar é agora. O texto nos adverte a não vacilarmos no dia da dificuldade, isto é, não podemos perder as oportunidades que temos, a hora é agora. Em segundo lugar a responsabilidade é nossa. O texto nos adverte a libertarmos aqueles que estão sendo levados à morte. Não é por acaso que Deus coloca pessoas com problemas ao nosso redor. Em último lugar, o texto nos ensina que não podemos dar desculpas. Não devemos fazer vista grossa dizendo que não sabemos o que está acontecendo. Há pessoas perecendo ao nosso redor!
- Que Deus nos faça ter compaixão por todos aqueles que Ele põe ao nosso redor e que nos preocupemos em testemunhar do amor de Deus com cada um deles. Amém.
ANDRÉ BRONZEADO

sábado, 17 de maio de 2008

Pecado Original



O Pecado de Adão e o meu

- Talvez algum dia, diante da doutrina do pecado original, você tenha se perguntado: “Por que e como a nossa natureza pecaminosa pode ser uma herança de Adão?”, “Por que eu tenho que ser pecador por conseqüência de um ato que Adão cometeu quando eu nem sonhava em nascer?” ou “Qual a relação existente entre o pecado de Adão e o fato de nascermos naturalmente pecadores?” O que temos a ver com o pecado de Adão, afinal?
- A Teologia tem tentado responder a questões como estas acerca da queda de Adão e a do resto da humanidade. A visão mais correta à luz da Bíblia para sanar estas dúvidas é a chamada “visão representativa da queda”, isto é, segundo esta visão, Adão agiu como um representante da raça humana inteira, ou seja, quando Adão foi submetido ao “teste de Deus” no Éden, eu e você estávamos também sendo testados através da pessoa dele.
- A idéia principal dessa visão é que, quando Adão pecou, ele pecou por todos nós, ou seja, sua queda foi também a nossa queda. Pelo fato de ter sido escolhido por Deus, Adão foi nosso representante perfeito de tal forma que qualquer um de nós estando no lugar dele faria o mesmo!
- Diante, por exemplo, do ensino do Apóstolo Paulo no capítulo 5 de Romanos, alguém poderia questionar se é justo o fato de já nascermos em um estado de incapacidade moral e em pecado mesmo sem termos contribuído ativamente para a queda de Adão no Éden, sobretudo ao passo que lemos que “... por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte ...” (v. 12) e ainda, “... pela desobediência de um só homem (Adão), muitos se tornaram pecadores ...” (v. 19). A priori tudo isso parece não ser justo.
- O fato é que isso não é nada injusto. Pelo contrário! Podemos afirmar com convicção que nunca na história humana fomos tão bem representados como o fomos no Éden. A escolha de Deus foi perfeita, até porque Deus nunca comete erros e dessa vez não seria diferente. É bom que se esclareça teologicamente que o pecado original não é o primeiro pecado em si, mas sim a mancha que se espalhou em toda a humanidade como resultado do pecado de Adão, nos colocando em uma condição pecaminosa e afastada de Deus. É conseqüência e punição pelo pecado de Adão. O pecado entrou no mundo através de Adão e atingiu a toda humanidade.
- O nosso Deus, porém, pelo seu infinito amor, manifesta a sua graça irresistível e salvadora sobre a vida daqueles que Ele sabe que são criaturas caídas, cegas e incapazes de alcançarem a salvação por seus próprios esforços, tais como eu e você. Louvemos, pois, a Deus por isso! Deus nos ama e nos resgata das trevas para a mais perfeita luz.



ANDRÉ G. BRONZEADO


----------------------------------