quarta-feira, 28 de abril de 2010

Espiritismo (1)

A estréia do filme sobre a vida de Chico Xavier, o famoso médium brasileiro, há três semanas nos cinemas brasileiros, trouxe à evidência em toda a mídia a doutrina filosófica e religiosa baseada na crença da comunicação entre vivos e mortos, a saber, o Espiritismo. O filme já é campeão de bilheteria por duas semanas consecutivas em todo o país. Alheio à Palavra de Deus e afastado de toda a verdade, o Espiritismo é uma das seitas que mais crescem no Brasil que, inclusive, é o maior reduto espírita do mundo.

A palavra “espiritismo” tem sua origem no vocábulo francês “espiritisme”. Uma adaptação do termo grego “Pneuma” que significa “espírito”. O Espiritismo se constitui no mais antigo engano religioso já surgido. Sua origem faz parte da tradição de vários povos, como os egípcios, caldeus, hindus, assírios, sumérios, dentre outros. Suas raízes históricas mais antigas se encontram entre os sumérios que por volta do quarto milênio antes de Cristo, na Mesopotâmia, já desenvolviam um ritual onde as pessoas que se dedicavam à vida religiosa nos templos alcançavam estados alterados de consciência, objetivando manter contatos com deuses pagãos. Porém, em sua forma moderna, como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque.

Diz a história que fenômenos estranhos passaram a acontecer na residência da família Fox. Não demorou muito para que os barulhos estranhos durante a noite, lençóis que voavam, móveis que se arrastavam pela casa, fossem considerados conseqüências de fenômenos sobrenaturais. O surgimento desses fenômenos desencadeou algo que podemos entender como um reavivamento espírita nos Estados Unidos. A partir disso surgiram as sessões e as pesquisas “científicas” do fenômeno; os médiuns começaram a aparecer e a receber espíritos e, como conseqüência, houve uma infiltração espírita na Inglaterra através dos médiuns americanos. Os espíritas diziam que o fenômeno do reavivamento na Inglaterra seria, ao mesmo tempo, religioso e científico.

Dos Estados Unidos, a onda do Espiritismo invadiu outras partes da Europa e em meio a tudo, encontrou na França o seu primeiro codificador: Allan Kardec. Nascido em Lião em 1804, Léon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), filho de um advogado, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser ele a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Kardec dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, um “novo evangelho”, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou “O Livro dos Espíritos”, que contribuiu muito com a propaganda espiritista. Dotado de muita inteligência e grande sagacidade, estudou toda a literatura correlata disponível na Inglaterra e nos Estados Unidos, e dizia ser guiado por espíritos protetores. Caracterizou-se por introduzir no Espiritismo a idéia de reencarnação. De 1861 a 1867, publicou quatro livros cujos títulos são: “Livro dos Médiuns”, “Céu e Inferno”, “Gênesis” e o mais famoso deles, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

No Brasil, as manifestações de cunho espírita são também muito antigas. Os vários rituais de pajelança praticados pelos índios são também considerados como manifestações de caráter espírita, muito embora não fossem assim conhecidos. Tempos depois, a chegada dos colonizadores portugueses com sua fachada de catolicismo romano, trouxe consigo a bruxaria européia. Ao introduzirem no Brasil os negros africanos, os portugueses acabaram introduzindo também o paganismo de suas tradições religiosas em nosso país, isto é, as mais diversas manifestações de magia negra que hoje conhecemos como baixo espiritismo.

O primeiro centro espírita em solo brasileiro (Grupo Familiar Espírita) foi fundado por Luís Olímpio Teles de Menezes nos idos do ano de 1865 na cidade de Salvador-BA, quatro anos antes da morte de Allan Kardec. Daí por diante, inúmeros outros centros espíritas surgiram por todo o Brasil, fato que acabou resultando, mais tarde, na criação da Federação Espírita Brasileira que, por sua vez, teve como objetivo a integração dos vários grupos existentes no Brasil, bem como evitar uma possível desagregação doutrinária dos mesmos.

As muitas e diferentes formas do Espiritismo que se vêem atualmente são o resultado de sua adaptabilidade ao meio religioso e cultural do povo onde se encontra. Embora consideremos o Espiritismo igual em toda sua maneira de ser, os próprios espíritas preferem admitir haver diferentes formas de Espiritismo. Sendo assim podemos citar:

Espiritismo Comum: O Espiritismo comum ou popular é assim chamado, pois suas práticas são muito comuns e já incorporadas à crendice popular. Tais práticas, embora não demonstrem qualquer ligação com religião, trazem em sua essência as crenças básicas do Espiritismo, por exemplo: Quiromancia, Cartomancia, Grafologia, Hidromancia e Astrologia.

Baixo Espiritismo: O baixo Espiritismo, também conhecido como Espiritismo pagão ou de terreiro, sem disfarce, presta culto direto ao diabo. Suas reuniões são verdadeiras cenas demoníacas, incluindo sacrifícios aos demônios. Vodu, Candomblé, Umbanda, Quimbanda e Macumba, são exemplos desse ramo do espiritismo.

Espiritismo Científico: O Espiritismo científico é também chamado de “Alto Espiritismo”, “Espiritismo Ortodoxo”, “Espiritismo Profissional” ou “Espiritualismo”. Ele se manifesta, inclusive, como “entidades” ou “sociedades” sendo estas, filosóficas, científicas ou beneficentes, como, por exemplo, a LBV (Legião da Boa Vontade). Ecletismo, Esoterismo, Teosofismo e Rosa Cruz são manifestações que se identificam com esse ramo do espiritismo.

Espiritismo Kardecista: é a classe de Espiritismo comumente praticada no Brasil. Entrou no país através da maçonaria. Aliado à superstição dos índios brasileiros, a feitiçaria dos negros africanos e a idolatria dos colonizadores portugueses, aqui prosperou de forma assombrosa. O Espiritismo kardecista é conhecido como religião, embora não tenha a prática de cultos. Seus adeptos reúnem-se, principalmente, em locais denominados de “centros espíritas” para consultar os mortos através dos médiuns em mesas brancas, buscando assim uma cura ou explicação para suas enfermidades, problemas financeiros, familiares, conjugais, etc. O conjunto de doutrinas do Espiritismo kardecista é grande e complexo. Na verdade, constitui um esquema de negação de quase toda a doutrina bíblica cristã.

Pois bem, o espiritismo kardecista tem como suas principais teses: i) a crença na reencarnação, ii) a possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados, iii) crença que ninguém pode impedir o homem de sofrer as conseqüências dos seus atos (karma), iv) a crença na pluralidade dos mundos habitados, v) a caridade como virtude única, vi) Deus como um ser impessoal e distante, e vii) em Jesus como um médium e reformador judeu.

Destaco, porém, a Reencarnação e a Invocação de Mortos como os dois principais pilares sustentadores do Espiritismo. São exatamente esses pilares que, através da Bíblia, pretendo refutar nesse momento, como sinal de que o Espiritismo não tem nada de Cristianismo, não passando de uma doutrina enganosa e diabólica que usa o emocionalismo e a atividade demoníaca para enganar muitas pessoas, senão vejamos.

A principal e mais conhecida teoria espírita é a que trata da Reencarnação. Segundo esta teoria, a alma ou o espírito retorna à vida física em um novo corpo. Sobre o assunto, afirma Allan Kardec o seguinte: “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição (...) a reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, p.p. 24,25).

Notemos que Kardec tenta confundir reencarnação com ressurreição, mas a Bíblia Sagrada não faz qualquer referência à palavra “reencarnação”, nem tampouco a confunde com “ressurreição”. A Bíblia nos ensina que a única forma de uma pessoa morta voltar à vida é através da ressurreição, que nada tem em comum com a teoria diabólica da reencarnação pregada pelo Espiritismo. Reencarnação implica em pluralidade de existências com um só espírito, é tornar a encarnar várias vezes, repetidamente. Já a palavra “ressurreição”, no grego é “anátasis” e “égersis”, ou seja, levantar, erguer, sair de um local ou de uma situação para outra. No latim, “ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar à vida ou reanimar-se. Ressurreição, no sentido bíblico, significa ressurgir dos mortos, isto é, a união da alma ou espírito, como parte imaterial, ao corpo, como parte física, após a morte.

A Bíblia Sagrada menciona oito casos de ressurreição, dentre estes, sete são de restauração da vida para tornar a morrer posteriormente, e um de ressurreição no sentido pleno que foi a ressurreição de Jesus. Este último caso se diferencia dos demais porque foi ressurreição para nunca mais morrer. Isto não se deu somente pelo fato de ser Ele Jesus Cristo, mas porque, ao ressurgir, tornou-se Ele o primeiro da ressurreição real (I aos Coríntios 15:20-23). Sobre a ressurreição, Allan Kardec escreveu: “A ressurreição implica na volta da vida ao corpo já morto – o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos”. Veja que Kardec baseia sua teoria em “achismos”.

No episódio da morte e ressurreição de Jesus, as Escrituras testemunham que Cristo havia realmente morrido, foi sepultado por José de Arimatéia e Nicodemos, ressuscitou e, mesmo depois de ressurreto, portava as marcas dos cravos nas mãos para mostrar que o seu corpo era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, agora vivo e glorificado.

Os espíritas usam com freqüência o texto de João 3:3 para sustentar a doutrina da reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, usaram a tradução bíblica do Padre Antônio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução escrevendo o supracitado versículo da seguinte forma: “Na verdade te digo que não pode ver o Reino de Deus senão aquele que renascer de novo”. Porém, o versículo naquela versão é escrito assim: “Na verdade, na verdade, te digo, que não pode ver o Reino de Deus, senão aquele que nascer de novo”. Ora, “renascer” já significa “nascer de novo”, enquanto que “renascer de novo” constitui uma grande, absurda e proposital redundância!

O mesmo texto na tradução protestante “Nova Versão Internacional” diz: “Em resposta Jesus declarou: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”. Nesse texto Jesus se refere ao novo nascimento espiritual e não ao físico. Se tomarmos o cuidado de observar os versículos subseqüentes comprovaremos isso. Vejamos: “Perguntou Nicodemos: Como alguém pode nascer sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer! Respondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito” (o texto trata de novo nascimento espiritual!!!).

O Espiritismo tem como lema a frase: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre: esta é a lei”. (Epitáfio do túmulo de Allan Kardec). A Bíblia é clara ao informar: “Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo...”.(Hebreus 9:27). Além disso, o Espiritismo prega que “o homem só merece o sofrimento ou a reencarnação. Não há graça ou favor algum de Deus”. Dessa forma absurda, o Espiritismo desconsidera o sacrifício de Jesus, a graça e a misericórdia de Deus. Enquanto isso, as Escrituras declaram que nós somos: “... justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus”.(Romanos 3:34). Outras relevantes refutações: Jo. 3.16; Rm. 5.1; Ef. 1.3-7; 2 Tm. 1.9; Hb. 10.10.

A invocação de mortos para o estabelecimento de uma comunicação com eles é um outro importante pilar de sustentação do Espiritismo. A Bíblia, porém, ensina-nos que há uma proibição divina para tal prática. Vejamos o que o Senhor Deus disse ao Seu povo:

“Quando entrarem na terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes dá, não procurem imitar as coisas repugnantes que as nações de lá praticam. Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos. O SENHOR tem repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o SENHOR, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês. Permaneçam inculpáveis perante o SENHOR, o seu Deus. As nações que vocês vão expulsar dão ouvidos aos que praticam magia e adivinhação. Mas, a vocês, o SENHOR, o seu Deus, não permitiu tais práticas”. (Deuteronômio 18:9-14).

A Bíblia mostra de maneira límpida que Deus abomina a invocação dos mortos. Além disso, é importante esclarecermos que a proibição divina de se consultar os mortos, por si só, não prova que havia comunicação com eles; prova apenas que havia a consulta aos mortos, isto não implica em uma comunicação real. Na realidade, era uma tentativa de comunicação.

Na prática de tais consultas aos mortos, sempre existiram embustes, mistificações, mentiras, farsas e manifestações demoníacas. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos demoníacos e enganadores se manifestam se identificando como pessoas que já faleceram. Esses espíritos prestam serviço a Satanás, o pai da mentira e o mentiroso por excelência.

As Escrituras nos ensinam que os mortos não têm parte em nada do que se faz e acontece na terra devido ao estado no qual se encontram. “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem; para eles não haverá mais recompensa, e já não se tem lembrança deles. Para eles o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram; nunca mais terão parte em nada do que acontece debaixo do sol” (Eclesiastes 9: 5,6).

Além de tudo isso, o Espiritismo nega a existência de um Deus pessoal; vêem Jesus como o melhor mestre, exemplo e médium reformador judeu, negando Sua divindade; consideram um absurdo a doutrina da Trindade; afirmam que a doutrina ortodoxa da expiação é um remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago; afirmam que nunca houve uma queda na humanidade; dizem que o céu e o inferno não existem; consideram que a Igreja não passa de um fanatismo; crêem na caridade como caminho para a salvação; rejeitam a ideia de que a Bíblia é um livro inspirado por Deus; etc.

O aumento visível do Espiritismo e de suas várias ramificações, o crescimento de várias outras seitas heréticas e da atividade demoníaca que observamos em nossos dias são sinais de que vivemos em tempos difíceis. A principal arma da Igreja para a refutação de doutrinas falsas é o estudo da Palavra de Deus e a exposição da verdade.

Diante de tudo, concluímos que o Espiritismo é uma mistura de religião e filosofia do homem para o homem, incapaz de indicar o caminho certo da salvação da alma em Jesus Cristo, pois nem mesmo crê que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. O Espiritismo definitivamente não é Cristianismo; não se pode afirmar que se trata de uma religião cristã; é na verdade uma doutrina religiosa baseada em doutrinas de demônios e filosofias humanas divorciadas das Sagradas Escrituras.

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Referências:

OLIVEIRA, Raimundo Ferreira de, 1949 – Seitas e Heresias, um sinal dos tempos. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1987.
-->BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. São Paulo: Imprensa Metodista, 6ª Edição, 1975.
-->Dicionário de Ciências Ocultas, São Paulo: Editora O Pensamento Ltda, 1946
-->SILVA, Milton Vieira, Espiritismo, A. D. Santos Editora Ltda., 1996
-->Bíblia de Estudo de Genebra, SBB, 2004
-->Bíblia Sagrada: NVI – Nova Versão Internacional – São Paulo: Editora Vida, 2000

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Práticas Devocionais, nosso exercício espiritual


Práticas devocionais são verdadeiros exercícios de sobrevivência e plenitude espiritual. Muitas vezes concentramos nossos esforços em cuidarmos apenas do nosso físico, esquecendo-nos do exercício espiritual. Isso faz parte do que dita a sociedade em que vivemos. Não devemos, porém, ser preguiçosos na busca de Deus, mas sim sempre interessados em conhecê-lo com mais intimidade. Uma vida devocional ativa demanda trabalho, esforço e tempo, mas é o exercício espiritual que nos ajuda a obtermos uma vida espiritual viva e que se manifesta em atos de justiça.

A Bíblia Sagrada é o instrumento que mais nos ajuda no processo para obtermos uma vida espiritual saudável através de práticas devocionais. Não é a toa que ela é a Palavra de Deus, a auto-revelação de Deus ao homem como expressão de toda a Sua vontade em matéria de fé e prática. A Palavra de Deus gera conhecimento, fé, esperança e convicção. Ela nos promove conforto em momentos de angústia e correção para que sejamos perfeitos, encaminhando-nos para as boas obras, às quais Deus preparou para que andássemos nelas.

Assim como na vida de um atleta a alimentação é fundamental, na vida cristã é preciso termos fome para ingerirmos a Palavra de Deus, colocando-a dentro de nós. É também imprescindível digerirmos bem a sua mensagem, isto é, assimilarmos o que de fato a Escritura quer nos dizer e permitir que ela dê forma ao nosso caráter. Digerindo bem a Palavra de Deus e praticando-a, experimentaremos grandes transformações de ordem espiritual em nossas vidas através da operação do Espírito Santo.

Pois bem. As práticas devocionais diárias são uma disciplina espiritual, o exercício do qual necessitamos para conhecermos a Deus com maior intimidade. Fazer uma leitura bíblica devocional é muito mais que apenas ler a Bíblia mecanicamente, é buscar o próprio Deus para saciar a sede interior. É ler, examinar, meditar, orar, investir tempo buscando ao Senhor. É desejar se encontrar com Deus e ouvir Sua voz. Mais importante do que ler a Bíblia inteira em um ano, é ler a Bíblia com qualidade o ano inteiro.

Infelizmente a nossa dinâmica diária sempre nos impõe obstáculos para encontrarmos tempo para as práticas devocionais. O apóstolo Paulo nos ensina: “Pois o exercício físico é proveitoso para pouca coisa, mas o exercício espiritual é proveitoso para tudo” (1 Tm 4.8). Paulo não está desprezando o exercício físico, mas está enfatizando a superioridade do espiritual. Você tem dedicado tempo para orar e para estudar a Palavra de Deus diariamente? Isso deve ser feito com o melhor do nosso tempo, com as primícias. Isso deve nos motivar a acordarmos mais cedo para dedicarmos o melhor do nosso tempo a Deus!

Queridos, que priorizemos o tempo para o nosso “a sós com Deus”. Reserve a hora mais propícia do dia para ler a Bíblia, seja exigente nesse sentido. Estabeleça uma rotina; esse tempo deve ser conveniente e sem interrupções. Ore, leia, medite no que leu e aplique as verdades em sua vida. Ore também por coisas específicas e compartilhe com mais alguém algo que você aprendeu naquele dia.

Que tenhamos uma vida devocional ativa; que adquiramos gosto pelas Escrituras. A Bíblia não foi escrita para viver empoeirada, muito menos para ser enfeite de sala de estar. O conteúdo da Palavra de Deus deve ser abundante em nossos corações. Digamos como o Salmista “Eu amo teus mandamentos mais do que o ouro, sim, mais do que o ouro puro” (Sl 119.127). 

Que Deus nos abençoe.

André G. Bronzeado